quinta-feira, 11 de outubro de 2012

Fica

   Desculpa. Desculpa por te fazer ir embora. Eu sei que a culpa é minha. É o meu medo excessivo, vou amor, minha saudade, é a minha carência do seu corpo moldando o meu na hora de ir dormir. 
   Amor, você pode ficar mais um pouco? Considere isso um ultimo pedido. Fica, por favor. Você não entende como minha cabeça fica quando vai embora. Prometo que não vou te acordar no meio da manhã pedindo lanche com muito queijo. Prometo aprender a montar uma  barraca e comprar aquele marshmallow importado que você tanto gosta.

  Eu sei que você tem seus compromissos, mas eu precisava de um colo hoje. Meu medo sufocou meu coração e transformou o vento em melancolia. E ele não para de bater no meu rosto no meio dessa estação de metrô. 
  Acho que ainda tem um pouco do seu cheiro naquela sua camiseta que eu peguei e você não quis de volta. Isso não me faz bem, mas quem se importa? Todo mundo vive de saudade. Se você ficar, eu esqueço de tudo que faz mal e eu insisto em ficar pensando. Juro. Fica, amor, por favor.

segunda-feira, 27 de agosto de 2012

Guarda-chuva, capa e galocha.

   Hoje era pra ser um dia especial e feliz, desses que a gente faz contagem regressiva com desenhos no calendário e fica dando pulinhos e sorrisos espontâneos, fica se revirando na cama por causa da ansiedade e faz planos muito antecipadamente pra que não dê tudo errado. Até que a primeira nuvem cinza aparece anunciando o cancelamento dos planos do tal dia especial. Tudo bem, guarda-chuvas estão ai para nos proteger, certo? No meu caso eu achava que estava com guarda-chuva, capa e galocha e esse pequeno e desastroso imprevisto não acabaria com o meu dia feliz. Acontece que nós nunca sabemos que dimensão a tal nuvem cinza pode tomar e que as pessoas preferem se proteger em baixo das árvores do que no nosso abraço aconchegante com guarda-chuva, capa e galocha. Você se dá uma super proteção e acaba se esquecendo de todo o resto. O que eu quero dizer com essa metáfora confusa é que, as vezes, o tamanho do nosso guarda-chuva não é suficiente e tem também aquelas pessoas que gostam dos banhos de chuva. Normalmente, quem toma esses banhos de chuva são mais felizes e tem sorrisos mais espontâneos do que as pessoas que, assim como eu, ficam se protegendo por medo. E hoje eu fiquei pensando e cheguei a conclusão que eu prefiro tomar banhos de chuva com você e ficar gripada, porque depois eu vou ganhar carinho, amor e você vai cuidar de mim. Hoje eu joguei fora meu guarda-chuva, minha capa e a galocha porque eu perdi o medo, e percebi que toda essa proteção me sufocava, eu ficava sem movimentos, não podia dançar com meus sentimentos. Quero ser feliz com você, brincar na chuva e pular nas poças e se alguma gripe aparecer, um cuida do outro e assim nós continuamos felizes, como sempre foi, só que sem uma grande barreira: meu medo. Então, você vem dançar comigo na chuva hoje?



 PS: Esses dias eu criei um ask.fm pro blog, quem quiser dar sugestões, criticas ou tiver qualquer tipo de dúvidas, passa lá. http://ask.fm/petitemarilyn

sábado, 18 de agosto de 2012

Lucas


Oi meu amor. 
   Nunca escrevi uma carta pra ti antes, falta pouco pra nos encontrarmos, estou com aquela sensação de cambalhotas no estômago. Sou boba, eu sei, mas o que fazer? A culpa é do amor, ele é culpado de tudo, dos sorrisos espontâneos no ônibus, dos quase atropelamentos por causa da cabeça nas nuvens, do mundo ser mais colorido, das flores que nunca murcham aos meus olhos e por falar nisso, eles estão mais brilhantes do que nunca, não param de piscar. 
   Sinto falta da sensação de ter sua mão correndo pela minha pele, das cócegas, da sua risada massageando meus ouvidos, Beethoven ficaria com inveja. Sinto falta daquela tarde no parque, eu não aproveitei muito por causa do medo, mas é bom te ver feliz. Sinto falta dos filmes e do sofázinho preto, ele parece ser feito por medida para nós. E sinto falta de você, de nós, dos beijos, dos abraços e dos beijos abraçados. 
   Quando nos encontramos quero que você me pegue no colo, quero brincar igual crianças, quero te fazer feliz. Vamos esquecer do tempo e das leis, o mundo é livre pra quem ama. Vamos deitar, pode ser no chão mesmo, coloca uma musica de fundo, quero deitar no seu peito, ouvir o mundo que nunca para lá fora. Ele não para, mas eu paro todas as vezes que olho nos seus olhos. Como você faz isso comigo? 
   Meu bem, a saudade me consome, a vontade de falar que te amo, te ver sorrir e ter aquela sensação de que todo esse tempo longe valeu a pena. Não some, ta? Não quero perder tudo isso, o tombo seria grande demais e você sabe, eu sou pequena, vai machucar. 
   Não vejo a hora de te ver de novo. 
                                               Eu te amo. 
                                                                  Da sua pequena ursa. 

quinta-feira, 16 de agosto de 2012

Cantinho da Ju: Curso - primeiras impressões.


   Olá meninas, como vocês devem ter percebido, esse cantinho aqui cresceu! E como a Mari anunciou, a nova colaboradora aqui está. Sou de São Paulo e além de paulistana, sou um baby de 16 aninhos, apenas, hahaha.
Mas vamos ao que interessa:
   Vim falar pra vocês do curso que eu iniciei sábado, no Instituto Embelleze - Tucuruvi. É de maquiagem profissional, porém consiste somente em maquiagem social, ou seja, 
nada de maquiagens de Drag nem nada. Ele tem duração de 4 meses, com certificado e tudo o mais.



   Confesso que estava bem anciosa e morrendo de medo de achar que jogaria dinheiro fora, até porque no dia de fechar a matrícula a maquiagem da recepcionista era de assustar qualquer um, ponto negativo logo de cara, mas tentei descartar isso e focar nos profissionais que me ensinariam e no que eu poderia absorver de bom. No último sábado, dia 11 de Agosto, tive a primeira e aula e pasmem... tô boquiaberta até agora, sério!
Acho que por eu já ter ido sem grandes expectativas a surpresa aumentou mais ainda, uma das coisas que eu mais amei foi pela pouca quantidade de gente na sala, são apenas 5 meninas além de mim, isso faz uma diferença enorme em questão de atenção do professor. E por falar nele, ou melhor, nela, a professora é um doce e cheia de experiência, a sala é um camarim gigante, cada uma tem o seu espelho com luzes e a sua cadeira de cabeleireiro, porém só vamos sentir a emoção de maquiar quando acabar as aulas teóricas :C que inclusive, é o tempo de providenciarmos todo
o nosso material (Adeus dilminhas $$$$$) que é a parte, no mensalidade só vem incluso a apostila. A metodologia de ensino deles é bem prática mesmo, 1 mês de aulas teóricas
e 3 de aulas práticas, onde trabalharemos em pares. 
  Infelizmente, não consegui tirar fotos de lá ainda, tive alguns probleminhas com a câmera e etc, mas assim que normalizarem as coisas, eu arrumo isso. E, no geralzão, o curso parece realmente valer a pena pra quem quer saber mais do que só o básico quando o assunto for maquiagem ou pra quem quer mesmo trabalhar nessa área. Eu, por exemplo, não pretendia entrar pro mercado, como algo definitivo maaaaaaaaaaaaaaaaas... do jeito que tudo vai caminhando acho que logo logo essa decisão mudará.  
  Bom, senhortitas, acho que é isso! Espero ter esclarecido as coisas e que vocês aprovem meu trabalho aqui no blog!

segunda-feira, 13 de agosto de 2012

Medo



   Parece que tudo vai acabar em um piscar de olhos. Você sabe que as coisas estão bem, mas a sua mente te obriga a pensar que não. Tudo acabou. Aquela voz na sua cabeça que só pensa no pior. Seu peito dói, você sente calafrios, suas mãos suam e seu ar some. Você entra em pânico, as lágrimas tomam conta do seu rosto. O castelo desmoronou. Você se debate por dentro pra tentar fugir disso tudo, mas não consegue, não se pode fugir do medo. O mundo te olha como se fosse te engolir, você corre mas é em vão, a voz está dentro de você, ela não sai. 
   Você fala que ta tudo bem, mas eu não consigo te sentir. Sua voz vai sumindo e a dor toma conta de tudo. As coisas vão caindo no chão e se quebram, eu também me quebro, mas me mantenho em pé, o mundo não pode ver minha fraqueza. É como se a nossa história fosse um rascunho cheio de rabiscos que ninguém gostou e agora quer jogar fora. Mil coisas passam pela sua cabeça, todas elas falando do fim.
   Você se abaixa para se proteger das coisas que caem na sua cabeça. Você sente alguém te pisando, você sabe quem é e sente mais medo ainda. O pânico que tomava conta de você, agora toma conta de tudo, o oxigênio sente e foge, você fica sozinho e sem ar. Ninguém entende seu medo, ninguém entende como ele te destrói. A felicidade te acalma mas o medo te bloqueia. Não dá pra sentir nada além do vazio e da dor. Duas coisas que andam juntas e vão explodindo cada partícula do seu corpo. É um vírus que se instala em você e nunca se sabe quando vai chegar o fim. É um tiro no coração. Seu medo aumenta. Se ele faz isso comigo, imagina o que pode fazer com nós. Uma coisa tão pequena com um poder tão destrutivo. Eu guardo dentro de mim pra isso não acabar com nós. Espero que você me entenda.  
   

   ps: Eu fiquei um bom tempo sem postar aqui, então decidi colocar um texto muito pessoal que eu só tinha publicado no tumblr. Enfim, pra quem quiser me seguir: http://ma-cherrie.tumblr.com/ 

sábado, 4 de agosto de 2012

Nossos dias de desprezo.

                                       Esse texto foi escrito por Gabriel Peternella.


   Dizem que o sábado é o melhor dia da semana, depois de trabalhar nada como ir pra balada, ultimamente não tem acontecido comigo, minha balada se limita na região que eu vivo. Afastado do centro urbano onde se concentra os subgrupos que conhecemos como escória, na periferia não é diferente, consegue ser pior, mas a única coisa que quero agora é encontrar meus amigos para beber e falarmos de nossas vidas chatas. O dia de serviço acabou, que sorte, não aguentava mais. Preciso parar de ser comerciante, toda vez que tento sair do meu emprego meu chefe aumenta meu salário, deveria me mandar embora, mas tenho experiência, consigo ser um bom vendedor e atraio clientes dispostos a gastar seu dinheiro com coisas inúteis. Meu horário acabou estava preparado para encontrar meus amigos, apenas meus amigos. De todas as estações de metrô nessa imensa cidade, estou esperando em uma, apenas uma, quando eu olho e a vejo parada esperando alguém. Ela me encara com um olhar de indagação perguntando para si mesma “o que essa pessoa está fazendo aqui?” me encara com frieza e mostra sua cara de desprezo, um desprezo que fora cultivado durante anos misturado com seu ódio, seu mundo parou só para me ver naquele instante e me mostrar sua frieza. Eu a encaro sem medo, com o mesmo tom de frieza, não mostro meu desprezo, apenas mostro minha pose e paro de longe para observa-lá. Ficamos nos encarando separados por uma distância, distância essa que não era momentânea, quando ela segura um sorriso, sorriso esse que não era de felicidade, sorriso de ódio, um ódio inexplicável, apenas observo-a sem expressão e apenas uma escapada de sua direção, mostrou bem meu sentimento.



terça-feira, 31 de julho de 2012

Lata de lixo: Sufocada.


    Lata de lixo é uma categoria que eu criei para os meus textos antigos que eu tenho vontade de jogar fora mas falta coragem. 


  Adoro quando você me beija, nossos lábios desproporcionais tentando entrar no ritmo do nosso beijo, nossas línguas dançando loucamente como se nada mais existisse além de nós, do nosso momento.
 Nossos corpos entrelaçados, suados e jogados na cama. Pena que nada do que fizemos teve amor. Alias, o amor não foi feito pra nós. Nada foi feito pra nós, alem desse momento. 
 Seria egoismo da minha parte falar que quando estamos juntos o mundo para? O mundo respira o nosso cheiro. E mesmo depois que tudo acaba e o mundo volta ao normal, seu cheiro fica no ar, fica impregnado na minha pele, nas minhas lembranças. 
  É sufocante ficar longe de você, é como se o ar só conseguisse passar pelo meu nariz quando está com o seu cheiro.