sábado, 4 de agosto de 2012

Nossos dias de desprezo.

                                       Esse texto foi escrito por Gabriel Peternella.


   Dizem que o sábado é o melhor dia da semana, depois de trabalhar nada como ir pra balada, ultimamente não tem acontecido comigo, minha balada se limita na região que eu vivo. Afastado do centro urbano onde se concentra os subgrupos que conhecemos como escória, na periferia não é diferente, consegue ser pior, mas a única coisa que quero agora é encontrar meus amigos para beber e falarmos de nossas vidas chatas. O dia de serviço acabou, que sorte, não aguentava mais. Preciso parar de ser comerciante, toda vez que tento sair do meu emprego meu chefe aumenta meu salário, deveria me mandar embora, mas tenho experiência, consigo ser um bom vendedor e atraio clientes dispostos a gastar seu dinheiro com coisas inúteis. Meu horário acabou estava preparado para encontrar meus amigos, apenas meus amigos. De todas as estações de metrô nessa imensa cidade, estou esperando em uma, apenas uma, quando eu olho e a vejo parada esperando alguém. Ela me encara com um olhar de indagação perguntando para si mesma “o que essa pessoa está fazendo aqui?” me encara com frieza e mostra sua cara de desprezo, um desprezo que fora cultivado durante anos misturado com seu ódio, seu mundo parou só para me ver naquele instante e me mostrar sua frieza. Eu a encaro sem medo, com o mesmo tom de frieza, não mostro meu desprezo, apenas mostro minha pose e paro de longe para observa-lá. Ficamos nos encarando separados por uma distância, distância essa que não era momentânea, quando ela segura um sorriso, sorriso esse que não era de felicidade, sorriso de ódio, um ódio inexplicável, apenas observo-a sem expressão e apenas uma escapada de sua direção, mostrou bem meu sentimento.



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