sábado, 18 de agosto de 2012

Lucas


Oi meu amor. 
   Nunca escrevi uma carta pra ti antes, falta pouco pra nos encontrarmos, estou com aquela sensação de cambalhotas no estômago. Sou boba, eu sei, mas o que fazer? A culpa é do amor, ele é culpado de tudo, dos sorrisos espontâneos no ônibus, dos quase atropelamentos por causa da cabeça nas nuvens, do mundo ser mais colorido, das flores que nunca murcham aos meus olhos e por falar nisso, eles estão mais brilhantes do que nunca, não param de piscar. 
   Sinto falta da sensação de ter sua mão correndo pela minha pele, das cócegas, da sua risada massageando meus ouvidos, Beethoven ficaria com inveja. Sinto falta daquela tarde no parque, eu não aproveitei muito por causa do medo, mas é bom te ver feliz. Sinto falta dos filmes e do sofázinho preto, ele parece ser feito por medida para nós. E sinto falta de você, de nós, dos beijos, dos abraços e dos beijos abraçados. 
   Quando nos encontramos quero que você me pegue no colo, quero brincar igual crianças, quero te fazer feliz. Vamos esquecer do tempo e das leis, o mundo é livre pra quem ama. Vamos deitar, pode ser no chão mesmo, coloca uma musica de fundo, quero deitar no seu peito, ouvir o mundo que nunca para lá fora. Ele não para, mas eu paro todas as vezes que olho nos seus olhos. Como você faz isso comigo? 
   Meu bem, a saudade me consome, a vontade de falar que te amo, te ver sorrir e ter aquela sensação de que todo esse tempo longe valeu a pena. Não some, ta? Não quero perder tudo isso, o tombo seria grande demais e você sabe, eu sou pequena, vai machucar. 
   Não vejo a hora de te ver de novo. 
                                               Eu te amo. 
                                                                  Da sua pequena ursa. 

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